Por Maria da Graça Marques​
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Esperado por mais de 42 milhões de brasileiros com carteira assinada no País, o 13º salário começa a ser pago nesta quarta (30), com algumas exceções. Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), por exemplo, já receberam as duas parcelas do 13º.

A primeira parcela para os empregados da iniciativa privada deve ser paga nesta quarta (30), sem a incidência dos descontos do recolhimento na fonte do Imposto de Renda e para a Previdência Social, que serão abatidos com o pagamento obrigatório da segunda parcela até o dia 20 de dezembro. O benefício foi instituído em 1962 pelo presidente do Brasil na época, João Goulart.

Se para os empregados o 13º pode representar um alívio no orçamento de final de ano, para os empregadores, pode ser um motivo de preocupação. Neste ano, no entanto, está mais fácil quitar esse compromisso anual, diz o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) de Pelotas, Renzo Antonioli.

Muitas empresas estão atingindo o mesmo patamar de vendas de 2019, no período pré-pandemia da Covid-19. Em 2020 e 2021, a maioria das empresas precisou recorrer ao crédito do governo ou empréstimos de bancos privados para pagar o 13º aos seus quadros de funcionários, que estaqva bem menor em razão das demissões que precisaram realizar.

O próprio comércio sai ganhando com essa maior tranquilidade para pagamento do 13º, principalmente o pelotense, um polo de comércio e serviços. Essa renda extra vai para as compras ou para o pagamento de dívidas, o que abre a possibilidade de crédito para novos gastos, principalmente os de final de ano.

Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil, 43% dos trabalhadores brasileiros usarão o13º para comemorar o Natal e o Ano Novo ou comprar produtos que tinham vontade; 36% gastarão com presentes para a família e apenas 29% vão economizar, poupar ou investir. ​